
Quinto álbum a solo do saxofonista Julius Gabriel. Tales from the Subterranean incorpora uma fusão de energia primal e exploração inventiva ao longo de doze faixas. A abertura, Time Riding, define o tom com um ritmo dilacerante que soa como um sapateado frenético. Convida ao movimento e, quando se chega a Footworks, tudo está preparado: a percussão dos dedos no saxofone funde-se com um sussurro contínuo de sirene que emana do instrumento, provocando euforia, medo e satisfação em simultâneo.
À medida que se avança, começa a perceber-se o sentido de descoberta por trás do disco e as necessidades de Julius, como a de construir um saxofone com capacidades de drone e mais próximo de uma ideia de som natural. Hailing from the Mountains tem um tom meditativo; Westward at Sundown soa a balada.
Nascido da escuridão mas a irradiar uma nova luz, Tales from the Subterranean ergue-se como testemunho da resiliência da expressão artística. É música primal.