A Lovers & Lollypops foi criada em 2005, fruto da urgência característica do DIY, do impulso em fazer acontecer e da vontade de documentar e dar a conhecer toda a música que, na altura, nos entusiasmava.
Dezassete anos e mais de cem discos depois, essa continua a ser a grande motivação: registar aquele que tem sido um dos momentos mais férteis da criação musical feita em Portugal e além fronteiras, através da edição discográfica, da promoção e do agenciamento.
Desde os primeiros passos e paralelamente à actividade editorial, a L&L enveredou pela organização de concertos e festivais - dos quais se destacam os icónicos Milhões de Festa e Tremor - num constante acto de reinvenção, procura de novos caminhos e linguagens, que se juntam em torno de ideias fundadoras como a frescura, o lirismo e a persistência.
Cobrafuma é um elenco de proto-veteranos do Porto que ouviram o chamamento da Cobra entre shoppings manhosos e bares de chão pegajoso. Membros de bandas como Plus Ultra, Greengo e Killimanjaro são eles: José Roberto Gomes, Luís Chaka, Azevedo e Rui Pedro Martelo.
Já com dois singles conhecidos, o primeiro disco de estreia dos Cobrafuma sai a dia 7 de junho, data na qual se apresentam ao vivo no Woodstock 69 no Porto. Os bilhetes para o concerto custam 5 euros e podem ser adquiridos na Louie Louie, no WS69, na Bunker e na Matéria Prima.
Gaspar Cohen + Francisco Babo
(Entrada Livre)
Agente artístico à paisana, Francisco Babo gosta de utilizar diferentes expressões criativas não industriais – o marasmo, o insosso, o grosseiro, o pachorrento, o contraproducente –, para criar momentos de desconcentração coletiva e pensamentos divergentes. Crente na improvisação libertária, atualmente tem vindo a participar em atividades da editora Amateur, da associação PELE e de outras cenografias avulsas.
+
Gaspar Cohen é artista e investigador. Como professor e performer, interroga o sistema capital-colonial que incorpora as tecnologias digitais. O seu trabalho materializa-se a partir de lógicas de conceito e espaço, abordando as movimentações ilusórias da realidade, os limites de aumento e as políticas do ruído e do erro.
Cobrafuma é um elenco de proto-veteranos do Porto que ouviram o chamamento da Cobra entre shoppings manhosos e bares de chão pegajoso. Membros de bandas como Plus Ultra, Greengo e Killimanjaro são eles: José Roberto Gomes, Luís Chaka, Azevedo e Rui Pedro Martelo.
Já com dois singles conhecidos, o primeiro disco de estreia dos Cobrafuma sai a dia 7 de junho, data na qual se apresentam ao vivo no Woodstock 69 no Porto.
Em Lisboa tocam a dia 7 de Julho na Musa de Marvila. O concerto é de acesso livre.
Violeta Azevedo + Ariyouok
(Entrada Livre)
Violeta Azevedo é artista sonora, que oscila entre a composição e a improvisação. Tendo como ponto de partida a flauta transversal, a sua música transporta-nos para um universo denso e detalhado, em que o som é transformado em organismos singulares através da sua orquestra de eletrónicas e processos alquímicos. Recorrendo tanto a harmonias distorcidas como em delicadas melodias, Violeta Azevedo convida-nos a imergir no seu mundo, simultaneamente habitado por seres cintilantes e energias tenebrosas, numa constante harmonia simbiótica.
+
Nascido em Portugal e criado em Cabo Verde, Ari começou em criança a expressar-se musicalmente de forma intuitiva, experimentando beatbox e a tocar percussão. Desde 2012, que tem vindo a explorar o software Fruity Loops Studio, descobrindo uma nova forma de fundir as diferentes sonoridades que vai absorvendo. Das raízes culturais ancestrais, ao novo mundo cibernético, a sua prática é uma mescla de influências materializadas nas atuações ao vivo, com a sua loopstation e os ritmos da percussão em darbuka djambe.
Ao longo dos anos, tem colaborado em diversos projetos, como é o caso da produção musical do albúm "Meia Riba Calxa" de Tristany.
Tudo no lugar e nada em ordem, assim se pauta a vida da Lovers & Lollypops que assinala o seu décimo oitavo aniversário e que entra na maioridade com a mesma energia mas com outro savoir faire, próprio de quem leva quase duas décadas de existência em ambas as pernas.
São 18 anos a celebrar o inconvencional, entre mais de uma centena edições, muitos mais concertos em caves, jardins e salas, festivais icónicos no continente e ilhas e um oceano de gente que, connosco, exalta uma vida dedicada à celebração da música enquanto estado de espírito, enquanto modo de estar e viver, enquanto espaço de comunhão de diferentes linguagens e práticas artísticas.
O futuro é aquele lugar que ainda não existe, mas que é configurado num espaço mental colectivo no agora e é com esse objecto de uma reflexão prospectiva que se abraça a comemoração desta efeméride. Presciente que o mundo contém mais possibilidades do que as que nos deixa entrever a realidade sob a qual nos agitamos, a L&L, mais do que querer refletir de forma saudosista sobre o que foi, continua a germinar o amanhã através de ações contínuas de integração, experimentação e hibridização, onde as diferenças são celebradas e as fronteiras derretidas.
Contra a maré, há 18 anos, fizemo-nos ao mar para criar uma comunidade de práticas colaborativas, alicerçada em sonoridades múltiplas e, acima de tudo, numa base de ressonância empática entre artistas e público, palco e plateia, música ao vivo e gravações de estúdio para que, chegados a este momento, nos possamos dar ao privilégio de reunir uma série de artistas que nos ajudam a sentir o pulso destes tempos de estranheza global e empoderamento local.
Dia 23 de julho, entre as 11h00 e as 22h00, a Lovers & Lollypops vai entrar na maioridade num evento que junta a família. Celebremos voltando a Barcelinhos e a uma cidade onde todos fomos felizes.
Os bilhetes custam 20 euros em pré-venda, com oferta de um par de meias.
Anotem na agenda!
Data dupla, a passar por Porto e Lisboa, neste regresso de Weyes Blood a Portugal. Dias 28 e 29 de outubro, a artista passa pelo Lisboa Ao Vivo e pelo Hard Club no Porto para apresentar o seu mais recente disco, And in the Darkness, Hearts Aglow, lançado em novembro do ano passado. Os bilhetes ficam à venda em bol.pt a partir de 10 de março pelo valor de €28.
“Phantone”, o álbum de estreia de Angélica Salvi expressa aquilo que se tem vindo a aprender com o seu trabalho ao longo dos últimos anos: tem uma habilidade única para comunicar e se expressar livremente com o seu instrumento, a harpa. Natural de Espanha, mas residente do Porto desde 2011, onde lecciona no Conservatório de Música. O seu percurso inclui colaborações com Evan Parker, Orquestra Sinfónica da Casa da Música, Ensemble Modelo 62, Brokkenfabriek, Butch Morris, e trabalhos desenvolvidos para a Sonoscopia ou o Balleteatro. O álbum, gravado durante o Encontrarte de Amares, no Mosteiro de Rendufe, procura a liberdade sonora e explora a forma como o som pode habitar um espaço através de diferentes camadas e caminhos. O fantasma que existe nas sete peças de “Phantone” é bem real, mas menos formal do que se imagina. Mais uma afirmação do que uma presença, seja nos lugares imaginados da música de Salvi ou nos efeitos em concreto que a gravação no Mosteiro produziram na sua música. Música que se lê, ouve, cheira, sente e se prova.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Foi depois de uma actuação com Jacco Gardner que Jasper Verhulst se apaixonou pelo som da Turquia dos anos 70, altura em que nomes como Selda, Barış Manço e Erkin Koray começavam a cruzar a tradição local com elementos do rock ocidental. Ao lado de Ben Rider e Nic Mauskovic, encetaram na busca por músicos turcos que os pudessem ajudar a fazer renascer este som. Encontraram Merve Dasdemir e Erdinc Yildiz Ecevit pelo Facebook, e Gino Groeneveld “roubaram-no” aos Jungle by Night. Pegando no repertório dos heróis turcos que os inspiraram, nos seus pares contemporâneos e nas músicas do cancioneiro tradicional, estes Altın Gün reinventam o casamento entre o Oriente eo Ocidente, numa linguagem cruzada entre o funk, o psicadelismo e o rock. No seu disco de estreia, “On”, os quatro “amsterdammers” instalam-se definitivamente nesta aventura pela terra de ninguém que existe entre os dois mundos.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Niles Nieuborg encontra no seu alter ego Arp Frique o espaço ideal para dar forma àquelas que são duas das coisas que mais gosta na música: o som dos sintetizadores Arp e a música disco. A solo, ou na colaboração com outros músicos neste formato Arp Frique & Family, tem procurado trazer novos horizontes à música de paisagens tropicais. Em “Welcome To The Colorful World of Arp Frique”, o disco de estreia com selo Rush Hour, a pista de dança sai dos clubs de Nova Iorque para se instalar entre o Caribe e Cabo Verde. Um disco de volta ao mundo que nos põe a dançar funaná ao som da voz de Américo Brito, a perder-nos no disco funk brasileiro ao lado de Ed Motta, a ouvir o Suriname pela flauta de Ronald Snijders e num alucínio constante do afro-beat de Orlando Julius.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Artista interdisciplinar, Ava Rocha é iluminadora, fotógrafa, figurinista, ilustradora, atriz e cozinheira. Uma hiperactividade que herdou, em grande medida, dos pais (o realizador Glauber Rocha e a fotógrafa, poeta, cineasta e artista plástica Paula Gaitán) que, desde tenra idade, a expuseram a uma multiplicidade de linguagens artísticas e criatividade. Apontada como uma das mais interessantes artistas brasileiras do seu tempo pelo The New York Times, construiu, em discos, um repertório que carbura nas referências do tropicalismo mas que se abre além disso, provando que a música contemporânea do Brasil tem vindo a descobrir novos universos fora das suas fronteiras. No mais recente registo, “Trança”, volta a entregar-nos uma pop apostada em olhar para a frente, entrelaçando rock, funk, post-punk, electrónica, grooves e percussões entre a África e a Amazónia.
Ava Rocha, participou em discos de artistas como Jards Macalé, Negro Leo e Gustavo Galo e projectos como “E Volto Pra Curtir”, “Mulheres de Péricles” e o filme JARDS. Faz parte do Baile Primitivo, coletivo de arte político que entoa sambas de contestação social, tendo compondo também bandas sonoras para cinema, onde trabalhou como montadora.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Roubaram o seu nome aos Mão Morta, o groove do baixo aos Sleep, o fuzz da guitarra ao Hendrix e a bateria em modo locomotiva aos Earthless. Tal como os Sex Pistols, com o que roubaram, fizeram algo novo e próprio; não uma carrinha punk, mas uma nave espacial stoner com duas velocidades apenas – a de órbita e a de escape, propulsionando-nos para o vácuo sideral onde um riff esticado à eternidade parece durar apenas o suficiente para induzir o transe. Donos daquele que é, provavelmente, o mais fascinante psych rock com fonte nacional, o colectivo surge do efervescente movimento de novas bandas saída de Barcelos dos finais de 90. Hoje, com sete discos editados e uma mão cheia das mais relevantes colaborações (de Peter Brotzman a La La La Ressonance, de Jonathan Saldanha, a João Pais Filipe), são uma das bandas mais referenciadas do underground português.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Para este projeto , na sequência de uma encomenda feita pelo Festival Curtas Vila do Conde , os Black Bombaim convidaram João Pais Filipe , baterista/percussionista do Porto, para colaborar com o trio de Barcelos na criação da banda sonora do filme “Dragonflies with Birds and Snake”.
Este foi o mote para o começo do trabalho em conjunto, polirritmos que induzem o espectador em transe. Juntando as várias dinâmicas possíveis que se podem esperar de um músico como João Pais Filipe , também ele um artesão no fabrico de instrumentos.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Há quem diga que este é um encontro que já há muito estava escrito no céu psicadélico. Tudo parecia anunciá-lo nos percursos respetivos da banda portuguesa de stoner rock, Black Bombaim, e do saxofonista alemão de free jazz, Peter Brötzmann. Os primeiros tinham vindo a acrescentar um saxofone à sua música, recaindo a sua escolha usualmente entre Pedro Sousa e Rodrigo Amado, figuras de primeiro plano do jazz tocado em Portugal, ou no falecido Steve Mackay, tenor que surge no pioneiríssimo “L.A. Blues”, dos Stooges de Iggy Pop. O segundo teve múltiplas experiências de aproximação ao rock, desde o grupo Last Exit, formado com Sonny Sharrock, Bill Laswell e Ronald Shannon Jackson, aos Full Blast, na companhia de Marino Pliakas e Michael Wertmüller, passando pelas suas colaborações com o filho Caspar Brötzmann ou com os Fushitsucha de Keiji Haino. E o curioso, nesta parceria, é que nem o power trio de guitarra, baixo e bateria sai do seu trilho para se acomodar a Brötzmann, nem este tenta quaisquer compromissos com os seus interlocutores. Simplesmente, não é necessário.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Os Boogarins “Dinho” Almeida e Benze Ferraz tocam música juntos desde a fervente adolescência. Nos jardins dos seus pais começaram a criar pop psicadélico, filtrando a rica cultura musical brasileira por entre lentes modernas. Passando de dueto para quarteto, com Ynaiã na bateria e Raphael no baixo, estreiam-se nas edições com “As Plantas Que Curam” (2013), disco que deixou o Brasil e Portugal de mãos dadas e ajoelhados perante os amplificadores sujos que gritam coisas bonitas. Daí entregaram-nos “Manual”, registo que os reconfirma como quatro dos mais entusiasmantes rock’n'rollers que já fizeram a rota de Pedro Álvares Cabral, e, em 2017, “Lá Vem a Morte”, LP editado com rasgo de surpresa. Em 2019, dão passo certeiro na internacionalização, com um quarto álbum gravado no Texas e que continua a mostrar a vontade da banda em explorar as várias potencialidades de estúdio. “Sombrou Dúvida” é um retrato do mundo actual, instável e pessimista, que simultaneamente tenta reverter tudo isso com o positivismo da tecnologia. Um registo que anda na corda bamba, questionando as relações e o lugar delas no mundo, num conjunto de canções que sussurram a incerteza dos tempos enquanto nos dizem que está tudo bem
Booking: marcio@loversandlollypops.net
São uma das mais importantes bandas a sair da safra de novos criadores de Goiana no Brasil. Fundados em 2013 pelo casal Salma Jô e Macloys, a quem se juntaram João Victor Santana e Aderson Maia, os Carne Doce têm construído em seu torno a reputação de serem uma das mais explosivas e sensuais bandas a tocar ao vivo, hoje, no Brasil. Com “Tônus”, o terceiro disco de originais, solidificaram o lugar de destaque na cena autoral do país, adensando ainda mais a sua viagem pela intimidade, a vulnerabilidade humana e os jogos de poder.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Nasceram como trio nas Caldas, terra desde há muito ligada a um certo movimento artístico no Oeste do país. Em 2016 tomavam conta das rádios nacionais com “West”, um disco de estreia onde expurgavam medos e tédios através de um conjunto de canções onde as noções rock se encontram com a pop orelhuda, de cores garridas, exactamente como exige a urgência e a rebeldia da juventude. Transformados já em quarteto, editam “Punk Academics”, guiando-nos pelas lições do DIY, do punk e do hardcore. Estudo de caso sobre a influência sem preconceito da libertação física dos Black Flag, ludicidade dos Minutemen, ou a contemplação que nunca se perde de vista dos Television.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Francisco Lima, Raul Mendiratta e José Miguel Silva são os participantes desta Conferência Inferno. No início de 2021 revelaram Ata Saturna, o seu primeiro longa duração. Nascidos em percursos por Portugal, mas nidificados no Porto, fizeram-nos chegar o espelho da desumanização, com letras desoladoras e pejadas de crítica social. Com influências darkwave e post punk são a prova de que não é preciso baterias nem guitarras para ser punk. Algo que já conhecíamos de Bazar Esotérico, EP lançado no Verão de 2019 ainda em formato duo, onde registaram retratos nocturnos de uma cidade imberbe na arte de ser urgente.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Os últimos anos têm sido ocupados para João Pais Filipe. Da edição em duo com Paisiel ao disco em nome próprio, das colaborações com HHY & The Macumbas ou Black Bombaim, passando pelos encontros no exterior com Burnt Friedman, GNOD, o percussionista africano Omutaba e o mestre peruano Manongo Mujica, pouco tem sido o tempo que o percussionista e construtor de gongos tem tido para parar. Daí que o desafio para esta que, dizem, se tornou uma bela história de amor, tenha vindo da editora-mãe: Lovers & Lollypops. A ideia era ver apenas um concerto de Tomaga, banda de Valentina Magaletti, mas a química, sedimentada pela noite boémia do Porto, foi imediata. E é dela que se forja “The Golden Path”, disco lançado sob a insígnia CZN. Nocturno, visceral, errático, imersivo, este “caminho dourado” por que ambos nos guiam, recoloca a música e o seu papel histórico no centro da espiritualidade humana: unindo o instinto com a disciplina, a realidade com o sonho, o finito e o eterno.
Booking: joaquim@loversandlollypops.net
A coisa não anda fácil lá fora. Na iminência do colapso ambiental e político, há dias em que parece haver pouco espaço para a esperança. Felizmente, a arte tem vindo a renovar a sua capacidade de aliviar a pressão através da mais pura e simples catarse. Sirva o manifesto para introduzir estes The Comet is Coming, power trio que incorpora elementos de jazz, electrónica e psych rock para desenhar um futuro longe do caos que nos afoga. É pelos fraseados jazzístico e batidas partidas do hip hop e do techno, pelas letras incandescentes dos poetas que aqui e ali convocam para os seus temas, pelo cumprimentos dos desígnios do afrofuturismo onde se inserem que Shabaka Hutchings, Dan Leavers e Max Hallett induzem a esta dança libertadora que transcende a música e com isso espera revelar novas realidades. Começou assim com “Channel the Spirits”, disco que os nomeou para os Mercury Awards e recolheu o elogio da crítica da especialidade, e firmou-se em 2019 com “Trust in the Lifeforce of the Deep Mystery” e “The Afterlife”, dois discos lançados de rajada via Impulse. No céu vai ser visto um fogo que arrasta consigo uma cauda de faíscas. É melhor estar atento, para não o perder.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
São uma das bandas mais emocionantes que conhecemos, sobretudo pela forma como nos levam por uma jornada psicoativa única, que agarra naquilo que o Brasil tem de mais primitivo e o transforma em algo novo e alucinante. Uma espécie de Ayahuasca sónica marcada pelo ritmo da percussão polirrítmica brasileira, do canto hipnótico e do mais cru e puro punk. Com “Metaprogramação”, o mais recente disco de originais, levam essa mistura a extremos totalmente novos, construindo uma narrativa em que as músicas se fundem e se dissolvem, as pulsões electrónicas se misturam com o poder de tecidos rítmicos, tudo freneticamente criado para desenhar esse “cenário psíquico de um primitivo futuro”. Uma jornada psicadélica e selvagem que está destinada a alcançar a mente através do corpo enquanto inebria os dois.
Booking: joaquim@loversandlollypops.net
Duquesa é Nuno Rodrigues, jovem feito homem que traduz a sua metamorfose com a desenvoltura melódica e os ganchos pop cujo sabor se dissolve, mas não se esquece. A sua música enaltece que a palavra escrita está subentendida na arte de escrever canções e a sua voz embevece com as melodias com que maquilha a sua expressão carregada. Contornam-se as rugas com sorrisos rasgados a ironia e aplica-se uma base pop em tons pastel. Em “Norte Litoral”, ouvimos a sua paixão pelos anos 80 a transformar-se num documento actual sobre sonoridade pop, onde o minimalismo lírico abre espaço para arranjos cuidados, melodias garridas, remetendo-nos para paisagens tão familiares quanto distintas e um romantismo embotado.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Ece Canlı estreou-se a solo com Vox Flora, Vox Fauna, uma série de paisagens sonoras assomadas por técnicas vocais estendidas, poesia extralinguística e outros instrumentos sonoros. O percurso da artista turca radicada no Porto conta com várias colaborações: NOOITO, duo com a harpista Angélica Salvi; Live Low, banda portuense iniciada por Pedro Augusto, e Cobra’Coral, trio vocal com Catarina Miranda e Clélia Collona. Este primeiro trabalho em nome próprio foi gravado numa residência artística em Alpendurada, numa loja de terra batida, onde habitualmente se guardam batatas e cebolas. O ambiente e a energia criados pela iluminação do espaço incorporaram de forma muito clara o disco, que evoca e cristaliza a incorporação do humano-animal-natureza.
Agenciamento: jose@loversandlollypops.net
Com um estilo muito próprio de constante reinvenção, os Flamingods têm conseguido conquistar o seu lugar, percorrendo com conforto e destreza os territórios vastos do psicadelismo e do rock experimental. Inspirados pela colecção de instrumentos de percussão adquirida por Kamal Rasool, o fundador da banda, nas inúmeras viagens que realizou pelo globo com a sua destemida família, a banda nasceu em Londres, em 2010, juntando Kamal Rasool, Charles Prest, Craig Doporto e Sam Rowe, amigos de infância oriundos do Bahrain, o pequeno estado insular do Golfo Pérsico, ao inglês Karthik Poduval. Actualmente, com Rasool a viver no Dubai, a banda vive separada entre as duas cidades, facto que tornou os Flamingods um caso exceptional - nunca gravaram um álbum inteiro juntos em estúdio.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Os Ghost Hunt não andam à caça de fantasmas, nem querem assustar ninguém, mas a música que fazem podia ser a banda sonora de uma rave numa casa assombrada. Cresceram na mesma cidade, Coimbra, andaram na mesma escola e foram, praticamente, da mesma turma, mas nunca pertenceram à mesma “tribo”. Pedro Chau, dos The Parkinsons, sempre esteve mais ligado ao punk; e Pedro Oliveira, ex-membro do Monomoy, andou sempre mais perto do universo indie. Hoje, já mais velhos, formam a dupla electrónica Ghost Hunt. A idade é mesmo assim, desperta-nos os ouvidos e a mente para outras influências que, afinal, sempre estiveram ali ao nosso alcance, mas que nem sabíamos que as tínhamos.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Os Glockenwise são Nuno Rodrigues, Rafael Ferreira e Rui Fiúsa. Tinham 16 anos quando começaram a fazer música, herdando o espírito da famosa “cena de Barcelos”, uma narrativa cool que tem o Milhões de Festa como epicentro e a boa vizinhança como política criativa. Depois de três álbuns, “Building Waves” (2011), “Leeches” (2013) e “Heat” (2015), apostaram tudo em reinventar-se e ganharam. Varreram os tops nacionais com aquele que é o melhor disco da sua carreira e o primeiro totalmente cantado em português. Lançado ali nas portas do Natal de 2018, “Plástico” é o testemunho da maturidade da banda e prova inequívoca de que há muito para ver e ouvir neste Portugal que existe fora dos grandes centros urbanos. Lírica pintada a ironia que reflecte sobre a espuma dos dias, as suas rotinas e normalidades, o universo sonoro que construíram equilibra a urgência do rock (esse espaço que tão bem trilharam nos três primeiros discos) com o desasombramento da modernidade, fazendo-nos acreditar que o futuro da música portuguesa passa, já hoje, por aqui.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Cantor e multi-instrumentista, Jacco Gardner conquistou em apenas dois discos posição de destaque no mundo do psicadelismo contemporâneo. “Cabinet of Curiosities” e “Hypnophobia” mostraram-nos esse universo de estranheza futurista, onde o pop se enchia de detalhes barrocos, contos de fadas e amores vintage. Terá sido por aí que a Pitchfork o apelidou de “studio wizard” e que Portugal, e o mundo, se apaixonaram pelo que fazia. Veio a Portugal muitas vezes até ficar de vez, em Lisboa, onde descobriu uma nova vida, imersa no cinema, literatura e filosofia. E é nesse universo que nasce “Somnium”, o seu primeiro disco sem voz, onde volta a mostrar-nos a forma como se apropria e transcende as suas experiências de viajante.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
João Pais Filipe é um baterista, percussionista e escultor sonoro do Porto, nascido na década de 80. O seu trilho enquanto músico é assinalado pela colisão de uma grande amplitude de estilos e linguagens, em bandas como os Sektor 304, HHY&The Macumbas, Unzen Pilot, Paisiel ou CZN. Ao mesmo tempo que mantém uma actividade regular no universo da música improvisada, tendo participado em inúmeros projectos ao lado de nomes como os de Burnt Friedman, Steve Hubback, Fritz Hauser, Evan Parker, Marcello Magliocchi ou Rafael Toral.
A sua música surge da construção de gongos, pratos e outros instrumentos percussivos de metal, onde explora a dimensão escultórica e as suas propriedades acústicas. Liberto avança sobre a tensão entre o mecânico e o orgânico, entre a repetição e o loop, entre a pista de dança e o mantra, e cria um espaço próprio etiquetado ethno-techno, onde as cadências do dancefloor são apropriadas, reinterpretadas por um kit de bateria desenhado à sua medida e canalizadas através de imperfeições e texturas rústicas para uma nova expressão das suas possibilidades.
Mais informações
Booking: jose@loversandlollypops.net
Jorge Coelho carrega nos dedos a força da geração que ditaria o ritmo da produção musical no Porto. Com um passado fortemente enraizado na cultura sónica da cidade, o guitarrista explora as possibilidades das cordas em diversas frentes, ora dobrando convenções com Torto, ora aprimorando a arte de contar histórias com dedilhados em nome próprio. Invariavelmente, e com a destreza de quem nasceu para isto, é com o seu instrumento sinuoso que, de forma reta, Jorge Coelho continua a firmar-se como uma força na arte de escrever música.
Booking: jose@loversandlollypops.net
;
A música de Julius Gabriel é, na sua apenas aparente abstração, assombrada pelas vidas anteriores de saxofonistas cuja música atravessou o tempo como uma ventania inaudita de som. Em “Dream Dream Beam Beam”, o seu primeiro álbum a solo, o saxofonista alemão organiza as suas idiossincráticas influências musicais para criar um mantra fluído de padrões circulares, overtones e erupções de free jazz, que pode ser compreendido como a síntese possível de uma longa tradição jazzística intercetada por imaginativas intrusões de drone e noise. No seu mais recente trabalho, “Ætherhallen” Julius Gabriel mantém o registo, com uma passagem pelo psicadélico e um desvio ao minimalista. As composições improvisadas de Julius Gabriel soam como excêntricas partículas de pó dançando numa luz crepuscular e em câmara lenta até ao fim dos tempos, propondo àqueles que as ouvirem um réquiem para a vida eterna.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Os Killimanjaro chegaram, viram, venceram. Rock do melhor tipo que se exporta a partir de Barcelos, trouxeram o refrescante ao que estava estagnado. Do metal clássico aos seus desvios mais musculados de frequências graves, da escola Sabbath ao cabedal dos Iron Maiden, desenvolveram a técnica de abordagem perfeita. Entre o hastear de pavilhões, a execução perfeccionista de nós e uma síncope de riffs robustos e de corações cantantes, mantêm-se invictos na arte de embalar os corpos em headbangs bem justificados. Ao artesanato refinado que constroem só lhe interessa o palco, onde num só fôlego dissipam qualquer tipo de dúvidas sobre aquilo que fazem: os Killimanjaro sabem como disferir um gancho à Mike Tyson sem nos arrancar as orelhas.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Não sabemos quem teve esta ideia, mas por nós mereceria uma medalha. Juntar aquele que é, sem dúvida alguma, o melhor e mais alucinado vocalista que este país viu nascer (um título que, por mérito próprio, exibe desde meados da década de noventa com os Zen e recentemente renovado na insanidade dos Plus Ultra) aos Greengo, provavelmente a maior força propulsora que a Invicta viu nascer por entre baforadas carregadas de intenção e acidez. Gon encontra no baixo de Martelo e na bateria de Chaka as carruagens de fogo ideais para se lançar numa infindável lista de diatribes sobre isolação, alienação, corrupção, o vazio consumista deslumbrado com a tecnologia ou a cultura empresarial. É brutalista o som que nos despejam e, em larga medida, impossível de acorrentar. Música que exige ressonância e espaço para ser sentida, que cresce em urgência no espírito carbonário com que nos obriga a uma reflexão sobre a vida sem regras e responsabilidades hipócritas. Rejeitemos, com eles, a ideia de que temos de nos tornar num ideal, um camarada devoto do pensamento único, distante de sermos um indivíduo e não apenas parte de uma tribo.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Nos últimos anos, o mundo parece ter desenvolvido um particular gosto pela música do deserto, fazendo de nomes como Tinariwen, Bombino ou Mdou Moctar sinónimos da palavra tuaregue. No entanto, convém clarificar que a música de guitarra é relativamente recente na região. Até cerca da década de 70, a cena musical do Níger era marcada pelo tende, um género que herda nome de um instrumento de percussão local e que é uma tradição para todas as mulheres nómadas. É na intersecção destes dois mundos, o primeiro marcadamente masculino, o segundo feminino, que as Les Filles de Illighadad iniciaram uma verdadeira revolução. O trio, liderado pela guitarrista Fatou Seidi Ghali (a primeira mulher a aprender a tocar guitarra em todo o Níger) tem vindo a recuperar a memória e a reclamar o lugar dos instrumentos locais na música tuaregue, ao mesmo tempo que questionam as barreiras de género recentemente criadas. Com “Eghass Malan”, vão ainda além disso, criando versões contemporâneas que nunca haviam sido ouvidas antes, atirando a música nómada para o século XXI.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
A capacidade de provocar, chamar a atenção e transformar em menos de dois minutos revelam talentos necessários num tempo de constante explosão. “Cavala”, o disco de estreia de Maria Beraldo, morre e renasce por diversas vezes ao longo das suas dez canções. Tudo concentrado em 24 minutos. Transformações instantâneas e repentinas que reflectem a urgência da mensagem que tem para a passar e a vontade de se afirmar como uma mulher lésbica no universo cancioneiro brasileiro da actualidade. “Cavala” rasga com tudo, até com o seu próprio passado. Outrora tocou clarinete e clarinete baixo na banda de Arrigo Barnabé, fez parte dos Quartabê e integrou os Bolerinho, colaborou com gente como Elza Soares, Negro Leo, Iara Rennó e Rodrigo Campos. Detalhes para ilustrar a nova vida, carregada da ambição de se mostrar como compositora e arquitecta de fábulas pop que sejam armas que adocicam ouvidos e transformam mentes. Quem disse que os gritos não poderiam ser doces?
Booking: joaquim@loversandlollypops.net
Marlene Ribeiro é mais conhecida pela sua década de trabalho com Gnod. Ao longo da sua carreira desenvolveu inúmeras colaborações, tendo integrado gravações e projetos com artistas do Reino Unido e do exterior. Um dos exemplos mais recente é a colaboração com a percussionista Valentina Magalleti em Due Matte. Marlene explora uma variedade de instrumentos ao vivo, field recordings, eletrónica e voz, com o objetivo de criar uma névoa de sonho com elementos psicadélicos.
Booking: joaquim@loversandlollypops.net
A proeza musical de Nicola Mauskovic, baterista de Jacco Gardner, esboçada em estúdio com os amigos Donnie Mauskovic, Em Nik Mauskovic e Mano Mauskovic oferece-nos uma experiência musical singular. Apalpando o afrobeat dos anos 70, a cumbia e todo o som hipnótico capaz de provocar a dança mais balançada e sentida, fruto dos distintos percursos de cada um dos seus membros, The Mauskovic Dance Band é símbolo definitivo de festa na cena musical contemporânea. O disco homónimo de estreia, com carimbo da incontornável Soundway, volta a agarrar no universo explorado por “Down In The Basement”, o primeiro EP, filtrando as claras influências na música afro-latina da Colômbia e Peru pela lente de produção da Amsterdão contemporânea. Um “explosão controlada”, como lhe chama a The Quietus, assente num amor professo pela champeta, palenque, cumbia psicadélica, chichi e o picó.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Quem passa por Alcobaça não passa sem lá voltar. A não ser que já se seja de lá, e que se saiba que para além da adoração à arte da doçaria conventual, também vai perdurando a veneração por outra arte menos antiga, a de fazer rock n’ roll. Terá sido mais ou menos assim com Mr. Gallini, nascido em Pisões, e a quem os pais deram o nome Bruno Monteiro. Começou nesta vida rock enquanto baterista de outros irmãos da mesma região, os Stone Dead, com os quais já percorreu palcos por todo o Portugal. Sem esquecer a casa-mãe, mas procurando também encontrar o seu próprio espaço enquanto artista a solo, Gallini lançou “Lovely Demos”, o seu álbum de estreia, em 2018, e apresentou, em 2019, o seu sucessor – que é, também, o segundo tomo de uma trilogia anunciada. “The Organist” mostra o lado mais pop de Gallini, seguindo um método sempre rock (refrões, juventude, electricidade), mas deixando espaço para que outras ferramentas mais electrónicas (teclados, theremins e vocoders) possam também respirar, num álbum que bebe tanto à brit-pop dos anos 90, como à space era dos anos 50, mas que soa vivaço e atual, sem cair nos pantanosos terrenos da mera nostalgia.
Booking: jose@loversandlollypops.net
O Gringo Sou EU tem como formação espontânea o convívio na periferia das grandes cidades e favelas brasileiras. Observador inquieto, em Portugal desde 2010, o também conhecido por Frankão resolveu criar um projecto de letras inspiradas na sua visão de mundo e quotidiano, de beats fervorosos e linhas simples.
Sob o som do tamborzão vem somando novos valores ao seu estilo, sem saudosismo, mas com a mesma pureza de quando começou na década de 90. Não obstante, em tom de combate às assimetrias e tomando, cada vez mais, uma forma global.
Com uma forte componente de crítica política, actua simultaneamente na área sociocultural, formando colectivos musicais com crianças e jovens, desde as comunidades desfavorecidas do Rio de Janeiro até aos bairros sociais portugueses.
No Porto, onde reside desde 2013, é também parte integrante do Samba Sem Fronteiras e dos HHY & The Macumbas, marcando presença em vários países e festivais como Sónar e Boom Festival.
Booking: jose@loversandlollypops.net
OTROTORTO nunca caminharam direito – o exercício musical do trio que junta Jorge Coelho, Jorge Queijo e Miguel Ramos torce a formação tradicional de guitarra-baixo-bateria, com harmonias desafiantes e melodias que não primam pelo familiar. É na tensão que se resolvem e na dissonância que se cantam e encantam, criando uma linguagem desconcertante que envolve e desenvolve nos seus próprios termos, mas com frequências que todos partilhamos. Os OTROTORTO suspendem-se sem nunca cair e revelam-se contadores de histórias como poucos instrumentistas: fluentes e fluídos.
“Letargia em Ré Menor” foi o último lançamento destes mestres de sinfonias, uma metáfora sonora sobre a potência da compreensão, da contenção, da gravidade enquanto força e dos efeitos de se lhe inclinar em livre-arbítrio.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Paisiel é o enigmático nome do projeto do baterista, percussionista e escultor sonoro João Pais Filipe e o do saxofonista alemão Julius Gabriel. Alicerçado numa exploração individual do som e das possibilidades expressivas dos instrumentos de cada um, a música deste duo corresponde a um impulso de sistematização de referências sem correspondências, nem afinidades óbvias. Melodias texturadas e abstratas propulsionadas por uma percussão simultaneamente mecânica e existencial que se metamorfoseia num transe cinético. Músicos heterodoxos e digressivos, movendo-se livremente entre a música experimental, o jazz, o rock e as restantes declinações indecifráveis de novas categorias musicais, João Pais Filipe e Julius Gabriel criam música radiográfica que habita algures numa zona intermédia entre a recepção e a emissão de sinal, como uma central telefónica do cosmos.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Samuel Martins Coelho conta com uma longa carreira. Integrou projectos colectivos de personalidade multiversa como EL RUPE, Estranhofone, Mods Collective, Space Ensemble, Escola do Rock e muitos mais. Em 2019, surgiu a vontade de criar algo em nome próprio e lançou a solo Partita para Violino Solo. Dois anos mais tarde lança Cura, antítese dos registos que nos deu a conhecer no primeiro disco. O mais recente nasceu sob caminhos luminosos e um novo tempo no seu percurso com o violino, instrumento em que se formou como músico e que usou como espaço para se reconciliar como homem. Candura, controlo e gentileza são características das 7 faixas de Cura.
Contacto: jose@loversandlollypops.net
Enquanto o país arde de tédio, as Sereias mergulham de vez no jazz-punk que promete ser hino de uma campanha que urge trazer para as ruas. No centro a poesia mordaz de A. Pedro Ribeiro, poeta maldito, anarquista, ex-candidato a Presidente da República, em choque constante com os ambientes turvos, electrónicos e imersivos dos mascadores sónicos que o acompanham. Em disco colocaram o “País a Arder”, atirando-nos, num só golpe, para o divã. E como o Portugal artístico precisava disso! Este é um tratado político, social e filosófico, num tempo em que tudo isso corresponde a uma afronta ao “status quo”, ao grande mestre. Escrito com uma violência enganadora, nas entrelinhas da provocação, na epiderme de uma couraça onde se pode bater à vontade. Não só nas letras, mas também na música. Neste formato avantgarde, punk, free jazz e post-rock que provoca a erupção voluntária de sentidos, na liberdade da execução e na negação dessa mesma postura convencional. Uma (in)disciplina “zappliana” que nos leva para os territórios de This Heat, Pere Ubu ou The Fall. E se o disco representa uma audácia aviltante nessa multiplicidade de perfis, a “praxis” ao vivo é não só direta, intempestiva como canibal e exasperante. O equilíbrio mantém-se à base dos extremos e tão desconfortáveis no palco se parecem, que acabam por manter o foco no público.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Fundador do grupo Garotas Suecas e colaborador regular de Yonatan Gat, o nome de Sessa não será novo para os mais atentos à cena musical brasileira e americana. Em “Grandeza”, o seu disco de estreia a solo, descobriu o espaço para explorar a sua própria visão sobre aquele que é o imenso território sonoro do Brasil. Daí que não seja de estranhar que neste disco, que o mesmo classifica como uma homenagem ao seu país, se encontre a visceralidade e sensualidade da palavra, a lembrar o caminho criado por Caetano Veloso, e os arranjos melódicos de quem cresceu a ouvir Tom Jobim. Mas “Grandeza” não se fica por aqui. Num esforço de condensar a riqueza de ritmos e texturas da música cantautoral brasileira, descobre-se aqui um novo caminho, a apontar o futuro: o da complexa simplicidade como ponto primeiro do que é belo.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Quando o rock se tornou um ornamento da pop, esqueceu-se o que era importante: uma banda coesa, guitarra nos olhos do baixo, o baixo em cima da bateria, os pratos a explodir com os riffs da guitarra, um ciclo de comunicação electrificante. Os Stone Dead, esses não esqueceram aquilo que fez do rock uma explosão impossível de conter, há meio século atrás, e trazem esses ensinamentos para os corpos de hoje, com fuzz ainda mais quente e um baixo ainda mais predominante, provando errado o que muitos têm tentado vaticinar: o rock está morto. Não, segundo os Stone Dead está bem, rola em riffs tanto quanto em gancho, e recomenda-se.
Booking: jose@loversandlollypops.net
Por esta altura, tornou-se natural assumir de que a água de Barcelos tem qualquer coisa de especial. O que será não saberemos ao certo, mas o que tem feito pelo rock deste país é um feito admirável. Os Solar Corona nasceram desse borbulhar criativo de uma cidade que mostra como se escreve rock com linha tortas. Como deve ser. Formados em 2013, em 2016 assentaram em quarteto, com Rodrigo Carvalho (guitarra / sintetizadores), Peter Carvalho (bateria), José Roberto Gomes (baixo) e Julius Gabriel (saxofone / sintetizadores). Após a edição de três EPs, os Solar Corona chegaram a “Lightning One”, o primeiro longa-duração, fruto de anos de labor à procura do som que triunfasse nesta formação. “Lightning One” é uma viagem no topo, com as coordenadas certas na mistura, a cargo de José Arantes, masterizado por Chris Hardman e artwork de Serafim Mendes, que transcreve numa imagem a imensidão de estradas psicadélico-trópicas que se fundem nos Solar Corona.
Booking: jose@loversandlollypops.net
No Verão de 2017, Kees Berkers e Yves Lennertz começaram a escrever e gravar canções numa escola de ballet na isolada vila de Plateau van Doenrade, nos Países Baixos. Ávidos coleccionadores de discos, os Yin Yin transportam para a sua música a variedade de géneros que podemos encontrar nas suas prateleiras de discos. Partindo da música sul asiática dos anos 60 e 70, construíram um diálogo multilingue, com avanços pela música do mundo, funk e electrónica. “Pingpxng”, a cassete com que se estrearam, simboliza isso mesmo, explicando, em detalhe, como duas forças aparentemente opostas podem actuar em complementaridade.
Booking: marcio@loversandlollypops.net
Papadupau e Spazzfrica Ehd andam há mais de dez anos a testar os limites da criação sonora humana. O duo, oriundo da Catalunha, conta com mais de meio milhar de concertos ao vivo em cinco continentes e seis discos que nos explicam, detalhadamente, as múltiplas possibilidades da polirritmia. O mais recente, “Pachinko Plex”, fá-lo sem se tornar excessivamente analítico, resumindo influências globais e tendo a técnica como norte no caos que só eles sabem construir. Passo em frente na experimentação DIY a que gostam de chamar “post-worldmusic”, e no espírito livre com que olham a sua própria música, “Pachinko Plex” é mais uma imperdível e cavalgante viagem por melodias, percussões e desordem.
Booking: joaquim@loversandlollypops.net
Filho da Mãe
Memória de Peixe
Long Way to Alaska
Larkin
Live Low
Alto!
Green Machine
Medeiros / Lucas
Jibóia
Dreamweapon
Throes + The Shine
Sequin
Gonçalo
Loosers
Mr Miyagi
Equations
Aspen
L&L#135
Faz-se na triangulação entre três universos distintos, o novo projeto dos ZA!. Num vértice a música polirrítmica de uma banda que é já um culto no universo underground, noutro o duo à capella trans-folk Tarta Relena e, no terceiro, o quarteto La Mega Cobla, que tem usado os seus instrumentos tradicionais em contextos inusitados e contemporâneos. Junto pela vontade de criarem a sua própria visão da música mediterrânea, filtrada pela distorção e a psicadelia, os ZA! & TransMegaCobla atiram-nos uma visão retro-futurista da folk music, reclamando a vivacidade das costas do Mediterrâneo e das suas possibilidades de experimentação infinita.
Da buleria à kopanitsa, da gnaoua à sardana, TransMegaCobla funde as diferentes heranças que ligam as culturas desta região, criando um universo amplamente marcado pela humanidade e pela festa. Recuperando a língua fenícia, o octeto procura as raízes comuns para as reconfigurar de acordo com moldes contemporâneos. Uma orquestra intemporal pronta para inventar um Mediterrâneo de ficção científica numa realidade paralela.
L&L#134
Um disco de remisturas com contribuições de 7 produtores e djs nacionais, disponível no bandcamp em modo name your price.
L&L#133
Um diário de viagem que une espaço físico e interior, uma série de estados de transe representados em cores vivas, um portal delirante para o éter. O primeiro álbum de Marlene Ribeiro em nome próprio é tudo isto e muito mais. Toquei No Solé um novo capítulo para esta artista única, de longe o passeio mais melódico e transcendente até agora para seu hipnótico pop dos sonhos.
L&L#132
L&L#131
L&L#130
Edição de Aniversário
Ouvir Compilação / Comprar Macacão
Lovers&Lollypops: 17 anos a celebrar o inconvencional
E eis-nos de repente à porta da maioridade. Dezessete anos volvidos desde a primeira edição, continuamos a habitar os nossos dias de histórias e desafios, ao lado de bandas e artistas que nos ajudam a celebrar o inconvencional, a encontrar conforto no desafio e a apaixonarmos pelo que ainda está para vir. Não podíamos celebrar esta data de outra forma que não fosse com o lançamento de mais um disco, uma espécie de revisita (sem saudosismo) ao caminho que nos trouxe até aqui, selecionando um conjunto de temas que, de alguma forma, resumem cada ano de vida. Integrados nesta compilação estão temas de: Sikhara, Lobster, Dansse Damaje, The Astroboy, Black Bombaim, Long Way to Alaska, The Glockenwise, Equations, Jibóia, Killimanjaro, Medeiros/Lucas, Filho da Mãe, Stone Dead, João Pais Filipe, Angélica Salvi, Ece Canlı, Conferência Inferno e Sereias.
Juntamente com esta compilação aniversariante abraçamos mais um projecto, numa colaboração com coletivos e projectos que habitam o dia-a-dia cultural do Porto, aquela que é (sempre) a cidade de onde partimos. Uma série limitada de macacões, personalizados com as ideias bordadas da Tilo, e “trazida à vida” por um vídeo dos Ovo Estrelado. Seis cores, 3 tamanhos, trinta e três modelos diferentes entre si.
L&L#129
L&L#128
L&L#127
L&L#126
L&L#125
L&L#124
L&L#123
L&L#22
L&L#118
L&L#121
L&L#120
L&L#119
L&L#31
L&L#117
L&L#116
L&L#115
L&L#114
L&L#113
L&L#112
L&L#111
L&L#110
L&L#109
L&L#108
L&L#107
L&L#106
L&L#105
L&L#104
L&L#103
L&L#102
L&L#101
L&L#100
L&L#99
L&L#98
L&L#97
L&L#96
L&L#93
Sold out
L&L#95
L&L#94
L&L#95
L&L#92
L&L#91
L&L#90
L&L#89
L&L#88
L&L#87
L&L#86
L&L#85
L&L#84
L&L#83
L&L#82
L&L#80
L&L#079
L&L#080
L&L#078
L&L#077
L&L#076
L&L#075
L&L#74
L&L#073
L&L#72
LP Esgotado
L&L#70
L&L#69
L&L#71
L&L#68
L&L#67
L&L#66
L&L#65
L&L#64
L&L#63
LP Esgotado.
L&L#62
LP Esgotado.
L&L#61
L&L#60
L&L#59
L&L#58
LP Esgotado.
L&L#57
L&L#56
L&L#55
L&L#54
L&L#53
L&L#52
L&L#51
L&L#50
L&L#49
LP Esgotado.
L&L#48
LP Esgotado.
L&L#47
L&L#46
L&L#45
CD Esgotado.
L&L#44
LP Esgotado.
L&L#43
CD Esgotado.
L&L#42
L&L#41
LP Esgotado
L&L#40
CD Esgotado.
L&L#39
L&L#38
L&L#37
Sold Out
L&L#36
L&L#35
L&L#34
L&L#33
CD esgotado.
L&L#32
CD Esgotado.
L&L#30
L&L#29
L&L#28
L&L#27
L&L#26
CD Esgotado.
L&L#25
L&L#24
7'' Esgotado.
L&L#23
CD Esgotado
L&L#21
L&L#19
#022 Cavalheiro - Primeiro
#020 The Glockenwise - The Glockenwise
#018 Alto! - See you in Hell Ron!
#017 Quit - Trains EP
#016 Feia Medronho - Pinta Natural
#015 The Astroboy - A Derrota da Engrenagem
#014 DOPO - For the Entrance of The Sun
#013 Lovers & Lollypops - 1 Ano de Bailarico
#012 Veados Com Fome - Veados Com Fome
#011 Frango + Dansse Damaje - Fuentezfuentezfuentez
#010 EYE8SOCCER - Total Fucking Drawkness
#009 Le Jonathan Reilly - The Singles
#008 Dead Man On Campus - CDR
#007 Green Machine - Themes for the Hidebounds
#006 Veados Com Fome - Lobster/Veados com Fome split
#005 Veados Com Fome - Vol.# 3
#004 Veados Com Fome - EP
#003 Sikhara + OvO - Split
#002 Fish & Sheep + Tropa Macaca - Para o Inferno com Eles
#001 Green Machine - Green Machine
Pack de Natal
3 LP - 30€
5CD - 25€
5TAPES - 25€
Desde 2010 que o Milhões de Festa tem como base a cidade de Barcelos, ponto a partir do qual se assumiu, em mais de dez anos de história, como um evento de referência no panorama musical do país, espaço de descoberta e encontro com novos movimentos artísticos e cenário para dezenas de estreias e concertos memoráveis. Apontando ao ecletismo, o Milhões de Festa conta, anualmente, com um leque diversificado de artistas nacionais e internacionais, um palco que é também uma piscina, um espaço de “taina” que incorpora o ADN da região onde opera juntando a música à comida, assim como um conjunto de propostas musicais e culturais que ocupam espaços da cidade, numa tentativa de promover o encontro do festival com Barcelos.
Foi também em seu torno que se montou um movimento de criação musical a que alguns haveriam de chamar a “cena de Barcelos”, pautado pelo surgimento de um conjunto diverso de novas bandas bandas e um movimento de criação musical colaborativa que se mantém viva até aos dias de hoje.
(2014-Presente) O Tremor é um festival experiência que pretende criar uma plataforma de criação em diálogo constante com o território e a comunidade dos Açores, com particular enfoque na ilha de São Miguel, onde se realiza. Tendo como ponto de ignição a música, o Tremor integra, a cada ano, um conjunto de concertos que, ao longo de cinco dias, ocupam salas de espectáculo, espaços comerciais e pontos de interesse turístico. São imagem de marca do festival os Tremor na Estufa, concertos surpresa que não raras vezes acontecem em espaços naturais, e os Tremor Todo-o-Terreno, caminhadas sonorizadas que imaginam uma experiência plástica e sónica desenvolvida para um trilho pedestre específico e que culminam numa apresentação, ao vivo, na natureza.
Comprometido com o seu trabalho de ligação com a comunidade, o Tremor tem vindo a intensificar, desde 2014, o seu programa de residências, com um programa de criações exclusivas que relacionam a música com o território, activam a criação colaborativa com artistas dos Açores e envolvem diferentes comunidades na produção de espectáculos. São exemplos destas a colaboração regular com a Escola de Música de Rabo de Peixe e a Associação de Surdos de São Miguel, entre outras.
O 20 XX Vinte é um festival itinerante que propõe uma autêntica maratona de música e exposições non-stop. Com cinco edições até ao momento, realizadas em diferentes espaços do Porto, Guimarães e Lisboa integradas com algumas das iniciativas das mais recentes capitais europeias da cultura no país, o 20 XX Vinte pretende ser um exercício de "Estado de Arte" da cultura contemporânea portuguesa.
Festival anual organizado em Serralves que conta com várias atrações artísticas desde a arte performativa, música e artes plásticas.
No ambiente único do Parque de Serralves, a Festa do Outono marca a chegada da nova estação e celebra a época das colheitas, o reavivar de antigas tradições e costumes, demonstra saberes e práticas ancestrais ligadas à tradição rural, revividos no contexto contemporâneo de Arte e Paisagem que é Serralves.
Os públicos de Serralves podem visitar o Parque à noite nos meses de julho e agosto e conhecer, ou revisitar, percursos, árvores e elementos construídos icónicos, decorativamente iluminados, que transformam o ambiente noturno do Parque numa experiência única de magia e luz.
O Ponte Party People contou com quatro edições (2010, 2011, 2012 e 2015 e 2016) e teve lugar em Braga. Realizado num dos pulmões da cidade, o Parque da Ponte, o evento foi um dos primeiros, na região, a apresentar um cartaz musical composto apenas por música portuguesa emergente.
O festival Les Siestes Électroniques é um evento de Verão realizado anualmente em França e que, em 2018, começou a contar com uma edição portuguesa em Coimbra. Focando essencialmente em na música electrónica, o evento apresenta um line-up de artistas emergentes direcionando-se não só aos aficionados do género, mas também aos profissionais da área. O facto de se realizar ao ar livre e ser de entrada livre fazem do Les Siestes Électroniques um evento raro no cenário dos festivais europeus.
Com sede em Mondim de Basto, o Salto da Graça é um evento que junta música e aventura, propondo iniciativas que, em diálogo com a natureza, desenham novas rotas de descoberta do território local e propõem uma nova relação entre a música ao vivo e o meio ambiente. Canoagem, voos em parapente, circuitos todo-o-terreno, caminhadas, passeios de bicicleta e canyoning são algumas das actividades desportivas que se completam com bandas sonoras e concertos exclusivos.
GRÓIA é o acrónimo para a secção editorial da VICE “Guimarães Rocka-Ó-Ió-Ai” e nasceu de uma parceria entre a VICE e a Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura. Neste festival actuaram nomes como Paus, Allen Halloween e Moullinex+Xinobi.
Rua de São Vitor, 143-A
4000-515 Porto,
Portugal
fotografias por
Renato Cruz Santos